terça-feira, 3 de maio de 2016

Construindo uma escavadeira de controle a distância


https://www.youtube.com/watch?v=e83drbSOoi4

Cultura maker na escola: por que faz sentido

http://www.arede.inf.br/cultura-maker-na-escola-por-que-faz-sentido/

Cultura maker na escola: por que faz sentido

Na busca por uma pedagogia que privilegie o protagonismo do aluno, que produza colaboração e criatividade, atitude crítica e autonomia, a proposta é criar oficinas de invenções


Um dos textos mais impactantes da educação nos anos 1990 foi o Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o século 21 para a Unesco, denominado “Educação, um tesouro a descobrir” e seus quatro pilares da educação, entre os quais o “aprender a fazer” – que trazia a ideia de desenvolvimento de competências em substituição à aprendizagem de tarefas específicas.
Estamos assistindo agora a uma nova onda em que o “fazer” se mostra para a educação com uma roupagem bastante distinta: a do movimento maker, onde o fazer é mesmo o colocar a mão na massa para produzir coisas, artefatos.
Sempre atenta às novidades, esta coluna vem buscando extrair delas o que podem agregar na busca da quebra da compartimentalização de conhecimentos e da rigidez da organização de tempos, espaços e papeis ainda presentes na educação formal. Afinal, como dizia Eisntein, loucura é esperar resultados diferentes fazendo sempre a mesma coisa!
Para tratar do maker na educação de forma resumida e com dicas úteis, nos valemos da prática do educador Moisés Zylbersztajn, um professor-experimentador que se arrisca diariamente em soluções para os desafios de inovar na educação.
Com a palavra, o colega: 

O desafio
Lapidar talentos, inspirar criatividade, solidariedade, colaboração, iniciativa, empreendedorismo, práticas capazes de produzir sentido permanente nesta modernidade líquida. 

A atitude maker
Estimula o Faça Você Mesmo (DIY – Do It Yourself) para todo tipo de projetos de ciência e engenharia caseiras. A filosofia tem suas origens, num nível básico, na ideia de reutilizar e consertar objetos, mais do que descartar ou comprá-los novamente. Em um nível mais profundo, é também uma ideia nova sobre o que significa ter algo: se você não é capaz de abrir e trocar as baterias de seu Ipad ou da sua TV, você realmente não tem esse dispositivo.

A intenção
Gerar mentalidade, hábitos, atitudes que tragam oportunidade para nossos alunos desenvolverem a capacidade de lidar e modificar de modo atento, equilibrado e positivo seus futuros.
A proposta
Na busca por uma pedagogia que privilegie o protagonismo do aluno, que produza colaboração e criatividade, atitude crítica e autonomia, a proposta é criar oficinas de invenções – espaços maker – na escola, onde, além de artefatos, seja produzida uma atitude de empoderamento e transformação da realidade nos alunos envolvidos e capaz de mobilizar a atenção dos adultos educadores para que experimentem um pouco dessa atitude maker em suas práticas, sejam professores de filosofia ou de ciências.

A chave do sucesso
Um oficineiro fixo, alguém que goste de consertar tudo, que entenda um pouco de tudo, que goste de trabalhar com crianças e, principalmente, que permita que esse espaço esteja sempre aberto, sempre disponível para receber os alunos quando estes tiverem tempo e quiserem concluir alguma coisa que começaram.

Dicas de ouro
Envolvimento dos educadores na criação do espaço e da proposta.
Começar adaptando espaços já existentes na escola.
Organizar o espaço junto com todos, em especial com os alunos.
Visitar outros espaços e manter-se colaborando com eles.
Comprar poucos equipamentos e ir comprando outros a partir das necessidades que emergirão do uso.

Quatro possíveis começos
  • Ensino de programação – inúmeros aplicativos e softwares podem levar adultos e crianças a perceber como funciona, de modo geral, a lógica que produz a inteligência nas máquinas. Comece pelo Scratch, ferramenta produzida no MIT, derivada do Logo, que é utilizada por larga comunidade educacional em todo o mundo. O interessante é produzir uma oficina sistemática, com aulas sequenciais pelo menos uma vez por semana.
  • Ensino de eletrônica e princípios de automação – o Arduíno é uma excelente opção, uma plaquinha controladora de sensores e motores, desenvolvida por italianos, com várias versões brasileiras, muito barato (um kit para 4 alunos custa R$ 150) e que induz um conhecimento essencial sobre o funcionamento dos circuitos elétricos básicos, base para a eletrônica digital. Novamente conta-se com uma enorme comunidade de prática que permite encontrar inúmeras boas ideias para projetos de todo tipo.
  • Aplicativos para celular – como permitir aos alunos maior iniciativa em relação ao que consomem nos seus celulares? Ensinando-os a criar aplicações úteis para resolver problemas de outros ou próprios, ensinando-os a otimizar o uso de seus aparelhos antes de descartá-los pela próxima novidade, ensinando-os a reciclar as partes úteis de um celular antigo. Há inúmeros programas de sustentabilidade mostrando caminhos e há bons softwares para desenvolvimento de aplicativos, como o APPInventor, da Google/MIT.
  • Impressoras 3D – maquininhas geniais que nos transformam imediatamente em produtores, seu processo de fabricação é envolvente e muito intuitivo. Recomendamos comprar impressoras baratas e se possível em kits desmontados para que os alunos e professores possam montá-las e dominar sua tecnologia e manutenção. Se possível procurar também impressoras cujas partes possam ser impressas em outra. Isso pode permitir que rapidamente se obtenha uma segunda máquina. Será muito útil. Uma opção é um scanner 3D, que obtém imagens tridimensionais de objetos para rapidamente reproduzi-los impressos. Custam cerca de 500 dólares. Usando um velho kinect, de R$ 300, pode-se construir um scanner com os alunos.
Como se nota, a proposta de “pôr a mão na massa” guarda valores e expectativas muito próximos à educação na busca por criar autonomia e criatividade, capacidade de modificar o mundo a seu redor e enfrentamento do consumismo, para citar os mais evidentes.
Se essas ideias parecem fazer sentido para as inquietações relacionadas a mudanças que a equipe da sua escola deseja, não vale a pena titubear: mão na massa é o espírito da coisa e… do it yourself.

Dicas de leitura e espaços maker

BLIKSTEIN, P. Digital Fabrication and ’Making’ in Education: The Democratization of Invention. In J. Walter-Herrmann & C. Büching (Eds.), FabLabs: Of Machines, Makers and Inventors. Bielefeld: TranscriptPublishers, 2013
BENKLER, Yochai – The Wealth of Networks: How Social Production Transforms Markets and Freedom. Yale University Press, 2006

Este texto foi produzido pela MEIO a partir da adaptação e remix do texto original de Moisés Zylbersztajn (moises.zylb@gmail.com), coordenador de Tecnologia aplicada à Educação e Biblioteca do Colégio Santa Cruz e diretor da Giz Educação e Tecnologia.
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Marcia Padilha e Adriana Martinelli são empreendedoras da MEIO, educadoras e articuladoras de inovações na educação.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

FLATULÊNCIA DE VACAS PROVOCA EXPLOSÃO NA ALEMANHÃ


O teto do estábulo em uma fazenda de criação de gado localizada na cidade alemã de Rasdorf quase veio abaixo após uma explosão provocada por gás metano. O acúmulo de gás foi resultado da flatulência e arrotos de cerca de 90 vacas que estavam no local.
A polícia informou em comunicado que "um foco de energia elétrica estática aparentemente denotou a explosão". O teto do estábulo ficou ligeiramente danificado e uma das vacas sofreu queimaduras leves. Nenhuma pessoa ficou ferida.

O impacto ambiental da pecuária é elevado. O gado é capaz de liberar grande quantidade de gás metano por meio de arroto e flatulência. A polícia não informou a quantidade de gás acumulado no estábulo em Rasdorf, mas contou que as 90 vacas estavam fechadas no abrigo provavelmente por causa do frio. Fonte: Associated Press.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Nasa descobre 2 sistemas solares com 3 planetas em sua zona habitável

 

 
Washington, 18 abr (EFE).- O telescópio Kepler descobriu dois sistemas solares com três planetas de tamanho superior à Terra, em sua "zona habitável", onde se acredita que poderiam ter as condições para que houvesse água em sua superfície, anunciou hoje a Nasa.
Trata-se do sistema Kepler-62, que se encontra a uma distância de 1.200 anos luz da Terra na constelação de Lira, que tem cinco planetas (62b, 62c, 62d, 62e e 62f) e do Kepler-69, com dois planetas (69b e 69c), a 2.700 anos luz, na constelação do Cisne.
Os cientistas não sabem se pode haver vida nos planetas recém descobertos, mas assinalam que a detecção de planetas similares à Terra orbitando ao redor de uma estrela como o Sol significa que "estamos mais um passo perto de encontrar um mundo similar à Terra", informou a Nasa em comunicado.
Segundo as observações do Kepler, que vigia mais de 150 mil estrelas na busca de planetas ou candidatos a planetas, os planetas rochosos 62e, 62f e 69c, ficam na "zona habitável" do sistema, aquela que, se houver as condições, fica na distância na qual as temperaturas permitem a vida.
"Só sabemos de uma estrela que tenha um planeta com vida, o Sol", assinalou Thomas Barclay, cientista da missão Kepler, que destacou a importância de encontrar planetas na zona habitável em um sistema que orbita em torno de uma estrela similar ao Sol.
"A descoberta destes planetas rochosos na zona habitável nos aproxima um pouco mais do achado de um lugar como casa", assinalou por sua vez John Grunsfeld, do escritório de missões científicas da Nasa, em comunicado.
"É só questão de tempo que descubramos se a galáxia é o lar de uma multidão de planetas como a Terra, ou se somos uma raridade", acrescentou.
 
 
 

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Ribeirão Pires cancela licitação de ambulâncias

terça-feira, 29 de janeiro de 2013 7:43


Ribeirão Pires cancela licitação de ambulâncias
Cynthia Tavares

Do Diário do Grande ABC

A Prefeitura de Ribeirão Pires cancelou a licitação para locar três ambulâncias. O certame foi suspenso pela Justiça no começo do mês por falta de isonomia na concorrência e pouco tempo para apresentação das propostas. O Ministério Público apura o caso e o cancelamento não impede a investigação.
O Paço fará contrato emergencial para alugar quatro ambulâncias - atualmente a cidade possui três veículos para atendimento de emergência e inter-hospitalar. O Executivo admite que o número está abaixo do necessário para bom atendimento.
Serão compradas cinco ambulâncias novas, sendo que uma delas será adquirida imediatamente - o edital já está sendo feito pela Secretaria de Administração, mas não há prazo para publicação. Não foi divulgado quanto será desembolsado. Dois veículos serão equipados com aparelhos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
A aquisição dos outros quatro veículos será articulada junto ao governo federal. A Prefeitura alegou não possuir condições financeiras de comprar todos os carros neste momento por conta do deficit orçamentário de R$ 37 milhões deixado pela antiga administração.
O comandante do Paço de Ribeirão, Saulo Benevides (PMDB), está em Brasília para participar do 2º Encontro Nacional dos Prefeitos e pretende apresentar o pedido de aportes ao Ministério da Saúde hoje.
CASO ANTIGO

A licitação para locação de ambulâncias foi aberta no dia 21 de dezembro. A empresa Semmco Serviços e Montagens de Manutenção Ltda entrou com pedido de liminar para suspender a abertura dos envelopes, inicialmente marcada para o dia 27. Após o embargo da Justiça, o resultado seria divulgado no começo do mês, quando houve outra suspensão.
Segundo a empresa, o edital foi direcionado para favorecer a concorrente Gilmar Luiz de Oliveira Transportes, cujo dono tem relacionamento estreito com o vereador José Nelson de Barros (PSD).
A Semmco alegou que teve apenas dois dias para retirar o edital e preparar a documentação. Por conta do feriado de Natal, a Prefeitura ficou fechada entre os dias 22 e 25 de dezembro.
A Gilmar Transportes era detentora do contrato de locação das ambulâncias. Alugava três veículos e recebia R$ 70 mil mensais pelo serviço. O contrato vigorou até o dia 31 de dezembro, mas a empresa continuou colocando os veículos na rua até a segunda quinzena deste mês.
Segundo registro na Jucesp (Junta Comercial do Estado), a prestadora de serviço funciona na Rua Patagônia, 730, no Jardim Verão, na região da Quarta Divisão. Fontes ouvidas pelo Diário garantem que Zé Nelson morava nesse endereço até se casar, no fim do ano passado.

Postado por Profº Waldemar

sábado, 6 de outubro de 2012

PRESIDIÁRIO CUSTA MAIS QUE ALUNO PARA O GOVERNO

A cada R$ 40 mil por ano investidos por preso, país gasta uma média de R$ 15 mil por estudante do ensino superior
21 de Novembro de 2011 às 05:24   http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/25485/

Enquanto o país investe mais de R$ 40 mil por ano em cada preso em um presídio federal, gasta uma média de R$ 15 mil anualmente com cada aluno do ensino superior — cerca de um terço do valor gasto com os detentos. Já na comparação entre detentos de presídios estaduais, onde está a maior parte da população carcerária, e alunos do ensino médio (nível de ensino a cargo dos governos estaduais), a distância é ainda maior: são gastos, em média, R$ 21 mil por ano com cada preso — nove vezes mais do que o gasto por aluno no ensino médio por ano, R$ 2,3 mil. Para pesquisadores tanto de segurança pública quanto de educação, o contraste de investimentos explicita dois problemas centrais na condução desses setores no país: o baixo valor investido na educação e a ineficiência do gasto com o sistema prisional. A reportagem é do Globo.
Apenas considerando as matrículas atuais, o chamado investimento público direto por aluno no país deveria ser hoje, no mínimo, de 40% a 50% maior, aponta a Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que desenvolveu um cálculo, chamado custo aluno-qualidade, considerando gastos (de salário do magistério a equipamentos) para uma oferta de ensino de qualidade.
— Para garantir a realização de todas as metas do Plano Nacional de Educação que está tramitando no Congresso, seriam necessários R$ 327 bilhões por ano, o que dobra o investimento em educação — afirma Daniel Cara, coordenador da campanha.
Para Cara, não seria o caso de falar em sobreinvestimento no preso, "até porque vemos como é precária a situação das penitenciárias brasileiras", e porque, lembra ele, a prisão é uma "instituição total, o preso vive lá":
— Mas há, sem dúvida, subinvestimento em educação. O que é mais grave se considerarmos que, nos direitos sociais, a educação é o que abre as portas para os outros direitos. A violência não vem pela pobreza, vem pela desigualdade. Por isso, um investimento maior no conjunto dos direitos sociais, e aí se inclui a educação, poderia diminuir a despesa com segurança.
O gasto com educação poderia melhorar com maior foco na aprendizagem, destaca Mozart Neves Ramos, do Todos pela Educação e do Conselho Nacional de Educação (CNE):
— É verdade que o Brasil ainda investe pouco na educação básica, e mais dinheiro é fundamental. No entanto, é necessário que a verba chegue à escola e que seja mais bem aplicada. Melhorar a eficiência da gestão dos recursos é importantíssimo. Uma boa gestão pode criar uma escola motivadora. E um aluno que tem sucesso escolar raramente abandona a escola e está mais longe de ser preso.
— Minha mãe, que está presa há três meses, estudou só até a 2 série. Eu acredito que ela está presa também por conta do pouco conhecimento que tem. Nunca soube que carreira seguir, nunca teve um ensino que a fizesse ter alguma perspectiva — diz Debora Magalhães, filha de Vitânia, presa por tráfico de drogas em Bangu.
Secretário estadual de Educação do Rio, Wilson Risolia diz que o país está preferindo "gastar mais com o sinistro do que com o seguro":
— É uma irracionalidade, um passivo que o Estado precisa resolver. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o custo por aluno no nível superior é cerca de três vezes maior do que na educação básica. No Brasil, é bem maior (mais de seis vezes). Mas não é suficiente aumentar o gasto, é preciso melhorar a qualidade. No Rio, fizemos uma recontagem de alunos e vimos que havia 120 mil que, apesar de constarem na base de dados, não eram mais da rede. A verba era passada para alunos que não existiam; um número X de provas ia para o colégio, e parte era jogada no lixo, por exemplo. Corrigindo, foram R$ 111 milhões alocados em outros lugares.
Apesar de a diferença entre o custo do aluno universitário e o do preso em presídios federais ser menor, ela é o que choca, diz o sociólogo Michel Misse, professor da UFRJ:
— Esse é um dado impressionante, porque o custo de um universitário, pelos gastos que uma universidade deve ter com pesquisa, deveria ser bem maior. É o custo de você formar um cientista, um médico, um engenheiro — afirma Misse, para quem, porém, não se deve pensar que uma prisão custe pouco. — O preso mora lá, e um aluno não mora na escola. O problema é analisar o gasto que se tem em relação às condições dos presídios.
Presidente do Conselho Nacional de Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Administração Penitenciária (Consej), Carlos Lélio Lauria Ferreira diz que quanto mais baixo o custo com o preso, piores as condições:
— O preço varia de acordo com o tratamento. Se o valor é baixo, desconfie. A alimentação pode ser lavagem. No Brasil, a média de custo de um preso num presídio estadual é de R$ 1,7 mil por mês. Mas nessa conta não está incluído o custo social e previdenciário. No presídio federal, o custo é mais elevado. O aparato tecnológico é caro, os salários dos servidores são mais altos e o número de agentes por preso é maior. Graças a isso, o país não gasta menos de 7 mil por preso ao mês.
— Apesar de investirmos tanto, as condições de regenerar alguém são mínimas. A pessoa é, na maioria das vezes, submetida a condições que a torna pior. É como se negássemos outra oportunidade — conclui Mozart.



quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Útero é transplantado de mãe para filha pela primeira vez no mundo

..Útero é transplantado de mãe para filha pela primeira vez no mundo
Yahoo! Notícias - 18 hora 25 minutos - 19/09/2012

Equipes médicas da Suécia realizaram durante o fim de semana o primeiro transplante de útero de mãe para filha, anunciou nesta terça-feira a Universidade de Gotemburgo.
Foram realizadas duas operações, nas quais duas jovens suecas receberam o útero de suas respectivas mães.
"Uma das mulheres retirou o útero depois de um tratamento contra um câncer de cólon do útero. A outra nasceu sem útero. Ambas têm cerca de 30 anos", explicou em um comunicado a Universidade de Gotemburgo (oeste).
"Mais de dez cirurgiões participaram das operações que transcorreram sem complicações. As mulheres que receberam o útero estão bem, mas cansadas depois da intervenção", informou Mats Brannstrom, professor de Ginecologia da Universidade e diretor da equipe de pesquisas.
"As mães que doaram seus úteros já estão caminhando, e poderão voltar para casa em alguns dias", acrescentou.
As jovens receptoras deverão esperar um ano antes de poder iniciar uma gravidez, por meio de fecundação in vitro, esclareceu ainda o professor Brannstrom.
"Não saberemos se foi um transplante bem sucedido até 2014", data em que as jovens poderão dar à luz na melhor das hipóteses, afirmou o professor.
O especialista não quis especular sobre as possibilidades que as duas mulheres têm de engravidar.
Em casos normais, segundo ele, a possibilidade de dar à luz através de uma fecundação in vitro é de 25 a 30%.
Os úteros implantados serão retirados quando as mulheres tiverem um máximo de duas crianças, para que possam suspender o tratamento contra a rejeição do órgão, segundo ainda Brannstrom.
De acordo com outro médico da equipe, Michael Olausson, o risco de rejeição do útero será, a princípio, o mesmo de que qualquer outro órgão, em torno de 20%.
As duas jovens, cujos nomes não foram divulgados, foram selecionadas ao final de um longo procedimento, que permitiu garantir que elas e seus maridos eram férteis.
Suas respectivas mães foram escolhidas como doadoras, dada a "vantagem teórica" que apresentam por ser familiares, indicou o professor Olausson. "Seus úteros demonstraram que funcionavam e eram capazes de ter um bebê", explicou.
Outras duas mulheres deverão ser submetidas a um transplante de útero na Suécia. A equipe médica indicou que estas duas novas pacientes não chegam aos 30 anos e que as possibilidades de êxito de uma fecundação in vitro são maiores quando as pacientes são jovens.
O professor Brannstrom destacou que o objetivo destes transplantes é ajudar as mulheres jovens nascidas sem útero ou com um útero que não funciona, e não as mulheres que estão na idade e têm condições de procriar.
A equipe de pesquisa do professor Brannstrom, que conta com 20 pessoas, trabalha neste projeto desde 1999. Anteriormente, realizou com sucesso transplantes de úteros em animais, como ratos e macacos, que deram lugar a nascimentos.
Os transplantes de útero, cujo primeiro êxito foi obtido na Turquia em 2011, são polêmicos, já que envolvem doadoras vivas.
Em um primeiro momento, o Conselho de Ética da Suécia bloqueou as intervenções, mas finalmente deu sua autorização em maio, na condição de que um comitê especial controle as operações.

Fonte: Yahoo notícias

Japonês diz ter resolvido 'problema matemático mais complexo'

19 de setembro de 2012 • 11h31 • atualizado às 11h47
 
Um matemático da Universidade de Kyoto publicou um documento contendo 500 páginas na internet que descreve a prova da conjectura ABC, uma declaração sobre a relação entre números primos que tem sido considerado o problema não resolvido mais importante e complexo da matemática.
De acordo com o jornal britânico Telegraph, Shinichi Mochizuki, 43 anos, levou quatro anos para calcular as provas e, caso elas sejam confirmadas, seria um dos maiores alcances matemáticos deste século. A confirmação, porém, pode demorar o mesmo tempo que Mochizuki levou para criar a nova linguagem matemática, que explica os passos tomados para chegar à conclusão do cálculo.
A conjectura ABC foi primeiramente proposta pelo matemático britânico David Masser, em 1985, juntamente com o francês Joseph Oesterle. No entanto, a teoria nunca foi provada. Ela se refere à equação a+b=c, que envolve o conceito de números que não podem ser divididos pelo quadrado de qualquer número. Por exemplo, 15 e 17 são números quadrados, mas 16 não, por que é divisível por 32.
O matemático Dorian Goldfeld, da Columbia University em Nova York, afirmou que a descoberta de Mochizuki é "um dos maiores alcances matemáticos do século 21". Em seu website, Mochizuki se descreveu como um "geométrico inter universal", e não um matemático.

Fonte: Terra noticias de Educação

sábado, 12 de maio de 2012

A ORIGEM DE ALGUMAS EXPRESSÕES

É engraçado como tudo tem uma história... até mesmo as coisas que falamos. Vou postar algumas Expressões Populares e suas respectivas origens.

Calcanhar de Aquiles

De acordo com a mitologia grega, Tétis, mãe de Aquiles, a fim de tornar seu filho indestrutível, mergulhou-o num grande lago mágico, segurando-o pelo calcanhar. Na Guerra de Tróia, Aquiles foi atingido na única parte de seu corpo que não tinha proteção: o calcanhar. Portanto, o ponto fraco de uma pessoa é conhecido como calcanhar de Aquiles.

Voto de Minerva

Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe. No julgamento, houve empate entre os acusados. Coube à deusa Minerva o voto decisivo, que foi em favor do réu. Voto de Minerva é, portanto, o voto de desempate ou o voto decisivo.

Casa da Mãe Joana

Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a minoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro, cuja proprietária se chamava Joana. Como esses homens mandavam e desmandavam no país, a frase casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.

Vá se queixar ao Bispo

Durante o Brasil Colônia, a fertilidade de uma mulher era atributo fundamental para o casamento, afinal, a ordem era povoar as novas terras conquistadas. A Igreja permitia que, antes do casamento, os noivos mantivessem relações sexuais, única maneira de o rapaz descobrir se a moça era fértil. E adivinha o que acontecia na maioria das vezes? O noivo fugia depois da relação para não ter que se casar. A mocinha, desolada, ia se queixar ao bispo, que mandava homens para capturar o tal espertinho.

Conto do Vigário

Duas igrejas de Ouro Preto receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contariam com a ajuda de Deus, ou melhor, de um burro. O negócio era o seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animalzinho teria que caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E foi isso que aconteceu, só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burro. Desse modo, conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.

Ficar a ver navios

Dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcácer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo, o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Era comum as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.

Não entendo Patavinas

Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade de entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Assim, não entender patavina significa não entender nada.
Dourar a Pílula

Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar os aspecto do remedinho amargo. A expressão dourar a pílula, significa melhorar a aparência de algo.

Feito nas coxas

Na época da escravidão no Brasil, os escravos doentes ou impedidos de alguma forma de realizarem trabalhos pesados eram destinados a realizar uma tarefa teoricamente fácil. Eram os responsáveis por moldar em suas coxas o barro quente que seria utilizado como telhas. O problema é que cada escravo tinha a coxa de tamanho e formato diferentes e, por isso, as telhas eram desiguais. Quando o telhado era montado, ficava torto e com a aparência de que tinha sido malfeito. Daí o surgimento da expressão, costuma-se dizer logo que aquilo foi feito nas coxas.


domingo, 15 de abril de 2012

Einstein não estava errado sobre a expansão do Universo

EFE – sex, 30 de mar de 2012
Albert Einstein. A Teoria da Relatividade de Albert Einstein é "incrivelmente precisa", segundo um estudo publicado nesta sexta-feira (30), que ressalta os acertos dos cálculos do físico alemão na hora de explicar a expansão do Universo.
Esta conclusão surge de uma pesquisa feita por uma equipe de físicos da Universidade de Portsmouth (sul da Inglaterra) e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre da Alemanha, cujos resultados foram anunciados nesta sexta-feira em um encontro nacional de astronomia na Universidade de Manchester (Inglaterra).
Assim, a expansão do Universo poderia ser explicada mediante a teoria de Einstein e a constante cosmológica, uma combinação que representa a resposta "mais simples" para este fenômeno, segundo os especialistas.
Os pesquisadores se centraram no período compreendido entre 5 bilhões e 6 bilhões de anos, quando o Universo tinha quase a metade da idade de agora, e realizaram medições com uma precisão "extraordinária".
A Teoria da Relatividade de Einstein prediz a velocidade pela qual galáxias muito afastadas entre si se expandem e se distanciam entre si, e a velocidade com a qual o Universo deve estar crescendo na atualidade.
Estes resultados são, segundo a pesquisadora Rita Tojeiro, "a melhor medição da distância intergaláctica já feita, o que significa que os cosmólogos estão mais perto que no passado de compreender por que a expansão do Universo está se acelerando".
Neste processo parece ter um grande protagonismo a energia do vazio, relacionada com o período inicial da expansão, e segundo alguns astrofísicos também com a aceleração da expansão do Universo.
Na opinião de Rita, o melhor da Teoria Geral da Relatividade de Einstein é que ela pode ser comprovada e que os dados obtidos neste estudo "são totalmente consistentes" com a noção de que esta energia do vazio é a responsável pelo efeito de expansão.
Segundo os especialistas, esta confirmação ajudará os cientistas a compreender melhor o que é que causa este misterioso processo e por que ele acontece.
Eles também esperam avançar na pesquisa da matéria escura, aquela que não emite suficiente radiação eletromagnética para ser detectada com os meios técnicos atuais, mas cuja existência pode ser deduzida a partir dos efeitos gravitacionais que causa na matéria visível, tais como as estrelas e as galáxias.
Os físicos calculam que a matéria escura representa cerca de 20% do Universo, e o estudo publicado nesta sexta parece apoiar sua existência.
"Os resultados não mostram nenhuma evidência de que a energia escura seja simplesmente uma ilusão fruto de nosso pobre entendimento das leis da gravidade", acrescentou Rita.
Uma melhor compreensão da matéria escura ajudaria a entender por sua vez de que são feitos os buracos negros. EFE

Capacidade para a matemática, um dom natural?

Por Daniel Galilea
O matemático nasce com o dom ou o desenvolve? Para o alívio dos que têm facilidade com os números, consolo dos que não se dão bem com o 'dois mais dois' e infortúnio dos que se empenham em seguir profissões técnicas e científicas e sofrem com as equações, logaritmos e fórmulas, algumas crianças nascem com uma capacidade natural para as matemática e outras não.
Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (EUA) analisaram o "sentido numérico" (a habilidade de uma pessoa para utilizar os números e realizar cálculos) de 200 crianças de nível pré-escolar com idade média de quatro anos.
As crianças tiveram de realizar uma série de provas, como observar os grupos de pontos azuis e amarelos que apareciam na tela de um computador e adivinhar que grupos tinham mais pontos. Para avaliar suas capacidades matemáticas, elas tiveram de contar em voz alta e resolver alguns simples problemas de soma.
Cerca de 6% das pessoas sofrem de discalculia, um transtorno neurológico (Foto: EFE/Franck Robichon)
Os pesquisadores - liderados pela psicóloga Melissa Libertus, bolsista de pós-doutorado do Departamento de Ciências Psicológicas e Neurológicas da Johns Hopkins - comprovaram que aquelas crianças que pontuavam melhor nas provas do "sentido numérico" tendiam a ser melhores nas provas de capacidades matemáticas.
Dado que os participantes do estudo ainda não recebiam uma instrução formal em matemática, os especialistas da Universidade concluíram que a capacidade matemática nas crianças pré-escolares se associa diretamente ao seu "sentido numérico" inato.
As pessoas usam cotidianamente o sentido numérico para calcular, por exemplo, a quantidade de pessoas que assistem a uma reunião ou quantos assentos estão livres em uma sala de espetáculos, explicam os autores do estudo.
De acordo com Melissa Libertus, "a relação entre o sentido numérico e a capacidade matemática é importante porque até agora achávamos que o primeiro era universal, enquanto a segunda dependia em grande medida da cultura e da linguagem e se aprende durante muitos anos".
"Por isso, uma relação entre sentido numérico e capacidade matemática é surpreendente, e desperta várias perguntas e problemas importantes, como se é possível treinar o sentido numérico de uma criança para melhorar sua capacidade matemática futura", destaca Melissa.
Elas calculam assim como eles
A crença de que a mulher tem menos capacidade do que o homem para as questões numéricas é falsa, pois não existe nenhum motivo biológico para isso, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Wisconsin em Madison (EUA).
Após revisar todos os estudos contemporâneos sobre o tema, os pesquisadores da Wisconsin concluíram que "não existe uma diferença inata para a matemática entre homens e mulheres e há países onde meninos e meninas são igualmente bons nesta disciplina".
O fato de que elas não tenham tanto destaque quanto eles no mundo dos números e cálculos se justifica por fatores culturais, como as desigualdades sociais que as mulheres viveram ao longo da história e como a falta de oportunidades para ter acesso à mesma educação que os homens", explica a pesquisadora Janet Mertz, uma das autoras do estudo.
O levantamento buscou constatar se há diferenças de gênero em relação ao rendimento matemático na população, se essas diferenças existem entre as pessoas com mais aptidão para os números e se existem mulheres com grande talento matemático. Após avaliar as pontuações de mulheres e homens em diversas provas matemática, em diferentes países, os autores comprovaram que a suposta superioridade masculina para a matemática carece de base científica.
Para Mertz, as mulheres tiveram muito menos oportunidades de acesso a uma educação matemática, e só no início do século XXI as coisas começaram a se igualar no mundo desenvolvido. "Quando elas têm acesso a mais oportunidades educacionais e trabalhistas em áreas que requeiram conhecimentos avançados de matemática, será possível perceber que elas podem render muito bem neste campo".
O que está demonstrado cientificamente é que cerca de 6% das pessoas sofrem de discalculia, um transtorno neurológico que dificulta a aprendizagem da matemática e pode afetar pessoas inteligentes, alfabetizadas e saudáveis.
Especialistas do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade de Londres desenvolveram um programa de computador que pode facilitar o estudo da matemática entre os alunos que sofrem desta desordem.
Segundo o médico Brian Butterworth, um dos autores do estudo, a discalculia dificulta a compreensão e a realização de cálculos entre as pessoas que sofrem dela, e na maioria dos casos esta alteração tem origem genética. Sabe-se que um fator genético influi no desenvolvimento desta incapacidade aritmética, mas ainda são desconhecidos os genes envolvidos no transtorno.
O novo software "imita os professores especialistas na educação de alunos com discalculia e proporciona práticas não supervisionadas aos estudantes com séries de operações aritméticas", ressalta Butterworth, em declarações ao serviço de informações científica "Plataforma SINC".

Transgênicos: uma polêmica com interesses ocultos

Filosofia dos transgênicos na cadeia alimentar se baseia na melhora das espécies utilizadas (Foto: EFE)

A filosofia dos transgênicos na cadeia alimentar se baseia na melhora das espécies utilizadas, a fim de que sejam mais perduráveis e mais resistentes aos agentes externos. A engenharia genética é a ciência que manipula sequências de DNA modificando os genes que introduzem estas transformações.

À medida que transcorre o tempo e os transgênicos se espalham pelos campos de muitos países em vias de desenvolvimento, a ciência foi em seu encalço tentando averiguar as consequências que esta expansão pode ter, não só no meio ambiente, mas também na saúde humana.

O poder das multinacionais

Recentemente, foram realizadas em Madri as Jornadas Científicas Internacionais sobre Transgênicos, nas quais estiveram presentes ONGs como Amigos da Terra, Greenpeace, Ecologistas em Ação e Plataforma Rural, além de cientistas vindos de diferentes pontos da Europa.

David Sánchez Carpio, responsável pela Área de Agricultura da Amigos da Terra, assinala quais foram as conclusões deste encontro."Escutamos as últimas pesquisas feitas por cientistas europeus e confirmamos que há motivos com base científica sobre os impactos dos transgênicos sobre o meio ambiente; os prejuízos que gera sobre os insetos, os solos, além das dúvidas que cria sobre os impactos que possa ter sobre a saúde. Já há evidências dos danos que produz sobre animais de laboratório em órgãos como rim e fígado. Assim, pois, existem provas científicas suficientes para aplicar o princípio de precaução", disse.

A crise alimentar que afeta o planeta há anos permitiu a determinadas multinacionais acumular lucros recordes, ao aumentar de forma exponencial o preço das sementes transgênicas e dos agroquímicos que vendem aos agricultores.

Sobre o papel destas empresas, David assinala: "São lobbys que exercem muito poder, tanto em nível de Governos como na pesquisa universitária, já que para os cientistas é muito difícil conseguir fundos dedicados a sua pesquisa. Quase toda a indústria, e muitos cientistas afins a esta indústria, exercem grande pressão no mundo acadêmico".

Estas multinacionais que espalharam imensos campos de cultivos, suplantando a agricultura tradicional em países em vias de desenvolvimento, foram relacionadas, em muitas ocasiões, com interesses políticos.

"Comprovamos isso quando foram divulgados os documentos no Wikileaks. Comprovamos que os transgênicos não tentam fazer melhoras para os agricultores, mas se trata de um tema de política externa americana que favorece as multinacionais", afirma o responsável da ONG.

David ressalta que "nos documentos se pode ler como embaixadas americanas em países africanos mais permeáveis, como a Nigéria, estão pressionando para que haja mudanças nas leis que permitam a entrada de transgênicos e que o estão conseguindo. No final, é tudo interesse político e empresarial, e ninguém está pensando nos grandes desafios que temos pela frente, que são a agricultura e a alimentação do mundo".
Cientistas na busca de respostas

Carmen Jaizme-Vega é doutora em ciências biológicas, diretora do Departamento de Proteção Vegetal do Instituto Canário de Pesquisas Agrárias (ICIA) e apresentou nas Jornadas Científicas Internacionais sobre Transgênicos sua própria experiência e as conclusões de seus estudos científicos.

A doutora explica qual é o objetivo da transgenia: "Os transgênicos são a aplicação de uma biotecnologia sobre as plantas a fim de adaptá-las a um meio, ou de melhorar sua atitude frente a uma doença ou estresse. Para isso transferem (transgenia) para elas o gene de outro ser vivo, que no caso das plantas transgênicas mais usadas não se trata de um gene de outra planta, mas o gene de um organismo, de um bacilo ou bactéria. Esse é o problema da plantas transgênicas que são consumidas".

Os resultados que se querem obter mediante este processo de laboratório, explica Carmen, são "a melhora do fortalecimento da planta e que seu cultivo seja o menos problemático possível. Em alguns casos, por exemplo, que se gaste menos em inseticidas".
O problema é que ainda não se demonstrou que seu consumo não afete a saúde do ser humano, porque, como assinala a doutora, "os efeitos prejudiciais podem acontecer a longo prazo, mas não há pesquisa responsável que demonstre que as plantas transgênicas sejam más para seu consumo. O que há são evidências científicas que são prejudiciais para o meio ambiente porque esses genes que passam de uma espécie para outra são liberados no solo, na matéria orgânica e se introduzem na cadeia trófica".
Ela afirma taxativamente: "Os pesquisadores que defendem os transgênicos fizeram experimentos, mas nós não confiamos em seus resultados porque nem têm o tempo suficiente, nem foram feitos nas condições que consideramos que têm que ter. Também não nos deixam investigar livremente, porque se tivéssemos as mesmas oportunidades, talvez, não estaríamos falando assim, simplesmente confrontaríamos os resultados".
"O mundo científico se movimenta igual ao não científico, ou seja, por interesses econômicos e políticos. Às vezes, inclusive, pela própria vaidade do cientista. Estas sementes patenteadas fazem parte do negócio de algumas multinacionais. São um comércio e os comércios em toda parte do mundo e em todos os momentos da humanidade têm suas normas. Por isso, nós, neste momento, somos uma minoria", lamenta Carmen.

Quanto à atitude da população frente ao consumo passivo destes cultivos, aos quais muitas vezes se tem acesso sem conhecer sua origem, Carmen opina que, "os cientistas têm que ser honestos, não transmitir uma mensagem de catástrofe nem radical dizendo que todos os transgênicos são maus, porque não é verdade. A insulina que é derivada de uma transgenia não é má. O ruim é a liberação de transgênicos no meio ambiente sem se ter conhecimento".

Para a cientista, em ciências biológicas existe, no entanto, uma mudança substancial na atitude das pessoas. "Eu sei que há uma maquinaria econômica e empresarial que não liga para ninguém, mas as pessoas estão cada vez mais críticas porque estão muito decepcionadas. O próprio desânimo que criou esta crise econômica fez com que o povo esteja desconfiado e questione. É o momento em que nós podemos fornecer informação ou, embora seja, a incerteza."

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Paraplégico volta a andar na BA após tratamento inédito

..Nove anos após sofrer uma violenta queda durante uma viagem em família, que lhe causou um trauma raquimedular - lesão que causa comprometimento da função da medula espinhal -, que tirou a sensibilidade e os movimentos das duas pernas, o major da Polícia Militar Maurício Borges Ribeiro está andando novamente. Por enquanto, Ribeiro ainda precisa ser amparado por um andador e por uma órtese no tornozelo, por causa da atrofia muscular sofrida em suas pernas em nove anos de imobilidade. Mas as perspectivas são boas.
"Estamos fazendo um trabalho de fortalecimento muscular, para que o paciente possa, futuramente, se sustentar em pé e andar sem a ajuda de aparelhos", afirma Claudia Bahia, a fisioterapeuta e pesquisadora da Clínica de Atenção à Saúde (Casa), do Centro Universitário Estácio da Bahia (Estácio-FIB) - onde o policial realiza as sessões de fisioterapia uma vez por dia. "Há pouco tempo, ninguém acreditava que seria possível que um paciente paraplégico com lesão completa pudesse voltar a andar. É uma conquista imensurável".
Ribeiro foi o primeiro homem a participar de um tratamento experimental, desenvolvido por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz na Bahia (Fiocruz-BA), com o apoio dos hospitais Espanhol e São Rafael e de universidades baianas, para melhorar a qualidade de vida de pacientes que, como ele, tiveram ruptura total da medula espinhal por causa de traumas - e, com isso, perderam completamente a sensibilidade, o controle e os movimentos de quadris e pernas.
O tratamento consiste na aplicação de células-tronco mesenquimais, retiradas da medula óssea da bacia dos próprios pacientes, diretamente na região onde ocorreu o trauma. O procedimento começou a ser estudado em 2005 e foi testado inicialmente em animais domésticos, a partir de 2007, com melhorias em graus diferentes em todos os casos.
Depois de Ribeiro, mais cinco pacientes foram submetidos ao tratamento - e outros 15 devem passar pelos mesmos procedimentos até o fim do primeiro semestre do ano que vem. "Até agora, todos os pacientes tiveram algum nível de melhora e não houve nenhuma intercorrência médica", comemora um dos coordenadores da pesquisa, o neurocirurgião Marcus Vinícius Mendonça. "Em alguns, por enquanto, há apenas melhoras de sensibilidade, em outros, há avanços na parte motora. Um dos objetivos desta pesquisa é saber por que um paciente responde melhor que outro", disse.
Mendonça afirma que, depois que os 20 primeiros pacientes passarem pelo procedimento, serão colhidos os dados relativos aos testes para que sejam realizados mais estudos sobre o tratamento. "O período estimado de pesquisas é de cinco a dez anos", explicou. Para o policial militar, porém, o tratamento já pode ser visto como bem-sucedido. "Depois de nove anos, você perceber que pode se sustentar sobre as próprias pernas é uma sensação muito boa", afirma. "Já estou muito feliz, mais ainda porque meu progresso traz esperança para outras pessoas que passam pelo mesmo problema", acrescentou.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Linfócito T modificado vence câncer

Por Denise Grady, de Filadélfia, Pensilvânia, The New York Times News Service/Syndicate


Um ano atrás, quando a quimioterapia parou de funcionar contra sua leucemia, William Ludwig se inscreveu para ser o primeiro paciente a ser tratado em um corajoso experimento na Universidade da Pensilvânia. Ludwig, então com 65 anos, agente penitenciário aposentado de Bridgeton, Nova Jersey, sentia que sua vida estava se acabando e imaginou que não tinha nada a perder.
Os médicos removeram 1 bilhão de suas células T (ou linfócitos T) – um tipo de glóbulo branco que combate vírus e tumores – e as proveram com novos genes, que iriam programar as células para atacar o câncer. Então, as células alteradas foram novamente inseridas nas veias de Ludwig.
No começo, nada aconteceu. Mas, depois de dez dias, as portas do inferno foram abertas em seu quarto de hospital. Ele começou a tremer, com calafrios. Sua temperatura aumentou. Sua pressão sanguínea baixou. Ele ficou tão doente que os médicos o moveram para a UTI e o avisaram de que poderia morrer. Sua família se reuniu no hospital, temendo o pior.
Algumas semanas mais tarde, não existia mais febre. E também não existia mais a leucemia. Não havia rastro dela em lugar algum.
Um ano depois, Ludwig ainda está em completo processo de remissão. Antes, havia dias quando ele mal conseguia levantar-se da cama; agora, ele joga golfe e trabalha no jardim.
''Ganhei a minha vida de volta’', diz.
Os médicos de Ludwig ainda não afirmaram que ele esteja curado – é cedo demais para dizer isso – nem declararam vitória contra a leucemia com base nesse experimento, que envolveu apenas três pacientes. As pesquisas, dizem eles, ainda têm um longo caminho pela frente e o tratamento ainda está em fase experimental, não estando disponível fora dos estudos. Mas os cientistas dizem que o tratamento que ajudou Ludwig, descrito recentemente na revista New England Journal of Medicine and Science Translational Medicine, pode significar o ponto de virada na longa luta para desenvolver terapias genéticas efetivas contra o câncer. E não apenas para os pacientes de leucemia: outros cânceres também podem ser vulneráveis a essa nova abordagem – que emprega uma forma desabilitada do HIV-1, o vírus causador da Aids, para levar os genes anticâncer até as células T dos pacientes.
Em essência, a equipe está usando a terapia genética para realizar algo que os pesquisadores têm esperado conseguir durante décadas: treinar o próprio sistema imunológico da pessoa para matar as células cancerígenas.
Dois outros pacientes estiveram sob o mesmo tratamento experimental. Um teve remissão parcial, e o outro, completa. Todos os três tinham leucemia linfoide avançada e já não tinham mais opções para quimioterapia.
Normalmente, a única esperança para uma remissão da doença, nesses casos, é um transplante de medula, mas esses pacientes em questão não eram candidatos a um.
O Dr. Carl June, que liderou as pesquisas e é o diretor para medicina translacional no Centro de Câncer Abramson na Universidade da Pensilvânia, diz que os resultados assombraram até mesmo a ele e seus colegas David L.Porter, Bruce Levine e Michael Kalos. Eles esperavam obter algum benefício, mas não haviam ousado sonhar com remissões completas e prolongadas. Na verdade, quando Ludwig começou a ter febres, os médicos não perceberam, a princípio, que isso era um sinal de que suas células T estavam engajadas em uma furiosa batalha contra o câncer do paciente.
Outros especialistas da área dizem que os resultados foram um avanço importantíssimo. ''É um excelente trabalho’', disse o Dr. Walter J. Urba, do Centro de Câncer Providence e do Instituto de Pesquisas Earle A. Chiles em Portland, Oregon. Ele descreveu a recuperação dos pacientes como extraordinária, empolgante e significativa. ''Sinto-me muito positivo em relação a essa nova tecnologia. Conceitualmente, a coisa é grande, muito grande’'.
Tirando a sorte grande na genética Para fazer com que as células T procurem e destruam as células cancerígenas, os pesquisadores devem equipá-las para realizarem diversas tarefas: reconhecer o câncer, atacá-lo, multiplicar-se e persistir dentro do paciente. Muitos grupos de pesquisa têm tentado realizar tudo isso, mas as células T projetadas por eles não eram capazes de realizar todas as tarefas. A equipe da Universidade da Pensilvânia parece ter acertado em todos os alvos de uma só vez. Dentro dos pacientes, as células T modificadas pelos pesquisadores multiplicaram-se de mil para 10 mil vezes a quantidade inserida, limparam o câncer e depois diminuíram gradualmente, deixando uma população de células de 'memória’, que podem proliferar-se rapidamente de novo, se necessário.
Os pesquisadores dizem não ter certeza sobre quais partes de sua estratégia fizeram a experiência funcionar – técnicas especiais de culturas celulares, o uso do HIV-1 como condutor para os novos genes para as células T, ou os pedaços de DNA em particular, que eles selecionaram para reprogramar essas células T.
Para administrar o tratamento, os pesquisadores coletaram o máximo de células T do paciente que conseguiram, passando seu sangue por uma máquina que removia as células e retornava os outros componentes do sangue. As células T eram então expostas ao vetor, que as transformava geneticamente, e depois congeladas. Nesse meio tempo, os pacientes eram submetidos a quimioterapia para exaurir quaisquer células T remanescentes, porque essas células T nativas poderiam impedir o crescimento das alteradas. Finalmente, as células T modificadas eram inseridas de volta aos pacientes.
O tratamento eliminou todas as células B (ou linfócitos B) dos pacientes, tanto saudáveis quanto acometidas de leucemia, e irá continuar com esse processo enquanto as novas células T persistirem no corpo, o que poderia ser para sempre (e conceitualmente deveria ser, para manter a leucemia afastada). A falta de células B significa que os pacientes podem tornar-se vulneráveis a infecções e que precisarão de transfusões periódicas de uma substância chamada imunoglobulina intravenosa para protegê-los.
Uma coisa que ainda não está clara é por que o Paciente 1 e o Paciente 3 tiveram remissões completas, enquanto o Paciente 2 não. Os pesquisadores dizem que quando o Paciente 2 desenvolveu a febre e os calafrios, ele foi tratado com corticoides em outro hospital e os remédios podem ter interrompido a atividade das células T. Mas eles não podem ter certeza disso. A doença, nesse paciente em particular, também poderia ser severa demais.
Riscos para os pacientes Mesmo sendo promissoras, as novas técnicas desenvolvidas pelos pesquisadores da Universidade da Pensilvânia não livram os pacientes de outros perigos. As células T projetadas atacaram tecidos saudáveis em pacientes de outros centros. Uma reação como essa matou uma mulher de 39 anos de idade que tinha um caso avançado de câncer colorretal, em um estudo no Instituto Nacional do Câncer americano, conforme relatado pelos pesquisadores do instituto no periódico Molecular Therapy, no ano passado. Pesquisadores do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering em Nova York também reportaram uma morte no ano passado, ocorrida em um experimento com células T para combate à leucemia (também publicado no Molecular Therapy). A autópsia descobriu que o paciente aparentemente havia morrido em decorrência de uma septicemia – e não por causa das células T – mas, pelo fato de ter morrido apenas alguns dias depois da infusão, os pesquisadores disseram que consideraram o tratamento como sendo um fator possível para o falecimento.
June diz que sua equipe espera usar as células T para combater tumores sólidos, incluindo alguns de tratamento muito difícil, como o mesotelioma e os cânceres de ovário e pâncreas. Mas ele diz que os possíveis efeitos colaterais são uma preocupação real, observando que uma das proteínas-alvo do tratamento nas células dos tumores também é encontrada nas membranas que forram o tórax e o abdômen. Os ataques das células T poderiam causar inflamações sérias nessas membranas e imitar o lúpus, que é uma séria doença autoimune.
Mesmo que as células T não atinjam alvos inocentes, ainda assim existem riscos. As proteínas liberadas por elas poderiam causar uma 'tempestade de citocina’, – febres altas, inchaços, inflamações e pressão sanguínea perigosamente baixa – potencialmente fatal. Ou, como o tratamento rapidamente mata bilhões de células cancerígenas, os 'destroços’ remanescentes poderiam danificar os rins e causar outros problemas.
Mesmo que o novo tratamento baseado nas células T prove-se eficaz, a indústria farmacêutica será necessária para produzi-lo em massa. Mas June diz que as pesquisas estão sendo conduzidas apenas em universidades e não nas companhias farmacêuticas.
Segundo ele, para que a indústria farmacêutica se interesse, deverão ser fornecidas provas incontestáveis de que o tratamento seja extremamente melhor do que os já existentes.
Quando os médicos entraram em contato com Ludwig, ele pensou que, se o experimento conseguisse lhe dar mais seis meses ou um ano de vida, o risco valeria a pena. Mas mesmo que o estudo não fosse capaz de ajudá-lo, ele sentiu que mesmo assim valeria, se ele pudesse ajudar com as pesquisas.
Quando as febres começaram, ele não tinha ideia de que isso poderia ser uma coisa boa. Mas segundo ele, algumas semanas depois, sua oncologista, a Dra.Alison Loren, disse a ele: ''Nós não conseguimos encontrar nenhum vestígio de câncer na sua medula’'. Lembrando-se desse momento, Ludwig faz uma pausa, e diz: ''Fico arrepiado só de falar essas palavras a vocês’'. Antes dos estudos, Ludwig estava fraco, sofria repetidas crises de pneumonia, e estava definhando. Agora, ele está cheio de energia. Ele ganhou 18 quilos. Ele e sua esposa compraram um motorhome, no qual viajam com seu neto e seu sobrinho.
''Eu me sinto normal, como me sentia dez anos antes de ser diagnosticado’', diz Ludwig. ''Esse estudo clínico salvou minha vida’'.
Loren disse em uma entrevista: ''Odeio dizer isso de maneira tão dramática, mas eu realmente acredito que isso salvou a vida dele’'.
Ludwig diz que Loren disse algo profundo a ele e à sua esposa. ''Ela disse: 'Nós não sabemos por quanto tempo isso pode durar. Aprecie cada dia’', lembra-se. ''E é isso o que temos feito desde então’'.
The New York Times News Service/Syndicate - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito do The New York Times._NYT_

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Caixa Econômica tira do ar propaganda com Machado de Assis branco

Por Tatiana Farah (tatiana.farah@sp.oglobo.com.br)

Agência O Globo

A Caixa Econômica Federal divulgou uma nota para anunciar a retirada do ar de um propaganda sobre os 150 anos do banco. O comercial dizia que até o escritor Machado de Assis poupava na instituição. Mas, no comercial, o escritor, negro, é mostrado como um homem branco.

"O banco pede desculpas a toda a população e, em especial, aos movimentos ligados às causas raciais, por não ter caracterizado o escritor, que era afro-brasileiro, com a sua origem racial", diz a nota da Caixa, assinada pelo presidente Jorge Hereda.

O banco diz buscar retratar a diversidade racial do país, afirmando que nasceu "com a missão de ser o banco de todos, e jamais fez distinção entre pobres, ricos, brancos, negros, índios, homens, mulheres, jovens, idosos ou qualquer outra diferença social ou racial".

O comercial havia chamado a atenção da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), da Presidência da República, que divulgou nota criticando o banco. A Seppir ressaltou as parcerias que tem com a Caixa, mas afirmou: "No entanto, deve-se lamentar o episódio da campanha que traz Machado de Assis, um dos primeiros poupadores da Caixa, representado por um ator branco. Uma solução publicitária de todo inadequada por contribuir para a invisibilização dos afro-brasileiros, distorcendo evidências pessoais e coletivas relevantes para a compreensão da personalidade literária de Machado de Assis, de sua obra e seu contexto histórico".

Publicada no site do Planalto na segunda-feira, a nota da Seppir conclui que "em respeito a sua contribuição na valorização da diversidade brasileira, a Caixa deve corrigir a produção deste vídeo, reconhecendo o equívoco e considerando o diálogo que vem mantendo com a sociedade ao longo da sua trajetória institucional".

Veja o comercial no link:    http://www.youtube.com/watch?v=srowY7NRmY8

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

RESULTADO ENEM 2010 ESCOLA ÁLVARO DE SOUZA VIEIRA

Moto movida a calor do corpo

Peso do piloto também seria combustível para essa motocicleta conceito
(09-09-11) – A evolução tecnológica resultou em uma motocicleta elétrica que funciona a partir do peso e do calor humano! Parece inacreditável, mas o veículo criado pela designer Madella Simone e projetado pela Tesla E-Max, é coberto de material piezoelétrico que converte a força de compressão – isto é, o peso da pessoa que estiver sentada – em eletricidade para alimentar dois motores localizados nas duas rodas.
Além disso, a motocicleta elétrica ainda possui uma segunda camada de tecido halite que é responsável por converter o calor do corpo humano e do ambiente em eletricidade extra.
Apesar de ser apenas um conceito, o impacto zero desse veículo sustentável pode revolucionar futuros projetos de motocicletas para que sejam menos poluentes, utilizando novas fontes de energia.
Fonte: http://www.webmotors.com.br/wmPublicador/yahooManutencao_Conteudo.vxlpub?hnid=45867

Oito em cada 10 escolas ficam abaixo da média no Enem e das 20 melhores, 18 são privadas

BRASÍLIA - Oito em cada dez escolas públicas ficaram abaixo da média no último Exame Nacional do Ensino Médio (2010). É o que revelam os resultados do Enem por estabelecimento de ensino, que o Ministério da Educação divulga nesta segunda-feira. O cálculo considera escolas em que, pelo menos, 25% dos alunos participaram do exame. Entre os colégios particulares, 8% não conseguiram superar a média nacional - um décimo do índice verificado na rede pública.
A média geral dos estudantes do último ano do ensino médio foi de 553,73 pontos, numa escala até 1.000. A nota considera o desempenho tanto nas provas objetivas quanto na redação. E é ela que serve de referência para determinar quantas escolas ficaram abaixo da média nacional: nada menos do que 8.926 estabelecimentos públicos e 397 privados. Considerando apenas a nota geral nas provas objetivas - 511,21 pontos -, 80% das escolas públicas ficam abaixo da média.
A diferença entre a rede pública e a particular é um desafio para o sistema de educação brasileiro. E o Enem 2010 apresenta novos dados sobre o problema. Das 20 escolas com maiores médias, 18 são privadas e as duas públicas são vinculadas a universidades federais. Na outra ponta, todas as 20 piores são públicas, assim como as 100 unidades com notas mais baixas. Entre as mil escolas com piores médias, 995 são públicas e apenas cinco, privadas.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, lembra que outras avaliações já mostraram o abismo entre a rede pública e a particular. Para ele, é natural que existam escolas com melhor e pior desempenho, independentemente da rede à qual pertençam. O problema, observa o ministro, é mundial. No caso brasileiro, porém, o absurdo está no grau de desigualdade:
- É assim no mundo inteiro. O que chama a atenção no Brasil é que as distâncias são intoleráveis. Mais de dois terços da explicação de qualquer desempenho está fora da escola. É diferente uma escola em um bairro nobre, com um investimento anual dez vezes superior ao de uma escola pública, em área rural, que atende filhos de lavradores que não tiveram acesso à educação.
Situação diferente é a de estabelecimentos com perfis semelhantes em termos de localização, financiamento e alunado, mas rendimento escolar discrepante. Nesses casos, segundo Haddad, o gestor precisa tomar providências para melhorar a escola com fraco desempenho e replicar experiências de sucesso:
- Quando tem a mesma clientela e desempenho desigual, aí cabe ao gestor público agir.
Inep: resistência aos rankings a partir do Enem
Ao divulgar os resultados por unidade de ensino, o Ministério da Educação separou as escolas em quatro grupos, conforme o índice de participação dos alunos no Enem. O objetivo foi evitar que "amostras viciadas" beneficiassem determinadas escolas. Em tese, isso pode ocorrer nos estabelecimentos onde apenas uma minoria, formada pelos melhores alunos, faça o teste.
O grupo 1 reúne estabelecimentos em que 75% ou mais dos estudantes fizeram as provas; no 2 estão os que ficaram na faixa de 50% a 75%; no 3, os de 25% a 50%; e no 4, de 2% a 25%. Escolas com índice de participação inferior a 2% ficaram sem nota, assim como aquelas em que menos de dez estudantes se submeteram ao exame. O ranking publicado pelo GLOBO a partir dos dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) só não incluiu escolas do grupo 4 por conta do baixo percentual de participação de alunos. Também foram excluídas escolas que não tiveram nota divulgada porque menos de dez alunos fizeram o Enem.
Haddad recomenda aos estudantes que vejam o percentual de participantes de cada escola ao compararem as notas. O MEC não estabeleceu critérios para definir o que deve ter mais peso, a nota ou o grau de participação. Na teoria, quanto maior o número de alunos que fizerem o exame, mais representativo o resultado.
O ministro ressalvou que o Inep tem resistências à criação de rankings. Um dos motivos é que a qualidade das escolas, segundo ele, envolve outras dimensões além do exame. Ainda mais que o Enem é um teste voluntário, de modo que a amostra de alunos nem sempre tem validade estatística para representar o universo da escola. Entre as 20 primeiras, a parcela de concluintes que fez as provas supera os 84% em 19 delas.
Em 2010, o Enem atraiu concluintes de 23.900 escolas de ensino médio regular. Excluídas as unidades com participação inferior a 25% ou menos de 10 inscritos, esse número cai para 16.226 escolas. A maioria delas - 9.323 ou 57,5% - ficou abaixo da média geral. Na ponta de cima, 6.903 escolas superaram a média. Nesse grupo, 4.713 eram particulares e 2.190, públicas. Das mil escolas com maiores médias no Enem, 912 eram privadas e 88 públicas.

MPF denuncia Edir Macedo por evasão de divisas

O bispo Edir Macedo Bezerra, líder religioso da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), e outras três pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal (MPF) por lavagem dinheiro e evasão de divisas, formação de quadrilha, falsidade ideológica e estelionato contra fiéis para a obtenção de recursos para a IURD.
Os três dirigentes da igreja denunciados são o ex-deputado federal João Batista Ramos da Silva, o bispo Paulo Roberto Gomes da Conceição, e a diretora financeira Alba Maria Silva da Costa. Eles são acusados de pertencer a uma quadrilha usada para lavar dinheiro da Iurd, remetido ilegalmente do Brasil para os Estados Unidos por meio de uma casa de câmbio paulista, entre 1999 e 2005.
Segundo a denúncia, do procurador da República Sílvio Luís Martins de Oliveira, o dinheiro era obtido por meio de estelionato contra fiéis da Iurd, por meio do "oferecimento de falsas promessas e ameaças de que o socorro espiritual e econômico somente alcançaria aqueles que se sacrificassem economicamente pela Igreja".
Os quatro também são acusados do crime de falsidade ideológica por terem inserido nos contratos sociais de empresas do grupo da Iurd composições societárias diversas das verdadeiras. O objetivo dessa prática era ocultar a real proprietária de diversos empreendimentos, qual seja, a Iurd.
O Procurador da República Silvio Luís Martins de Oliveira também encaminhou cópia da denúncia à área Cível da Procuradoria da República em São Paulo, solicitando que seja analisada a possibilidade de cassação da imunidade tributária da Iurd.

Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/mpf-denuncia-edir-macedo-evas%C3%A3o-divisas-144300242.html

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A LIGA - VÍDEO: CRIANÇAS DEMORAM DUAS HORAS E MEIA ATÉ A ESCOLA





Vejam outros vídeos relacionados do progama A Liga da tv Band no link band.com.br/aliga

Profº Thiago

segunda-feira, 2 de maio de 2011

MORTE DE OSAMA BIN LADEN

A morte de Osama bin Laden representa um importante triunfo para a CIA e os serviços de informação dos Estados Unidos, que nos últimos tempos foram alvo de críticas por seus fracassos e pelas polêmicas técnicas de interrogatório.

Osama bin Laden, o terrorista mais procurado do mundo, morreu no domingo nas mãos de uma elite de soldados americanos que, em uma operação ultrasecreta, cercou e invadiu a mansão que o terrorista ocupava na cidade de Abbottabad, no Paquistão.

Com o episódio, a agência somava assim quase quatro anos de trabalho das agências de inteligência, que começou quando a CIA seguiu a pista sobre uma das pessoas que formavam o círculo mais íntimo de colaboradores de Bin Laden, concretamente um de seus "correios" ou assistentes.

A revista "Time" indicou nesta segunda-feira que a pista surgiu dos interrogatórios que Khalid Sheikh Mohamed foi submetido - considerado o cérebro por trás dos ataques do 11 de setembro, e um dos colaboradores mais próximos de Bin Laden. A CIA obteve uma informação similar do sucessor de Mohamed, Abu Faraj al-Libbi.

Ambos foram objeto das controvertidas técnicas de interrogatório aplicadas pelo Governo dos Estados Unidos, sob o mandato de George W. Bush, em prisões localizadas fora do país, concretamente na Polônia e Romênia.

Após o massacre dos atentados de setembro de 2001, o Governo Bush autorizou a CIA a realizar os interrogatórios mais agressivos da história do país, política que o executivo de Barack Obama desautorizou e desmantelou posteriormente.

Naquela época, segundo revelaram relatórios publicados, a CIA chegou a intimidar suspeitos de terrorismo com pistolas, perfuradoras elétricas, ''waterboarding'' e exposição a temperaturas extremas e o isolamento prolongado, durante interrogatório e ameaçou assassinar suas famílias.

Foram técnicas que o então vice-presidente Dick Cheney qualificou posteriormente de "refinadas", e que na sua opinião permitiram "salvar vidas e prevenir atentados terroristas".

Independentemente de como surgiram as primeiras informações, o certo é que a CIA conseguiu coordenar-se com outras agências de inteligência para averiguar o paradeiro desconhecido de Osama bin Laden e montar a operação em torno da residência onde estava escondido.

Desta maneira, a CIA, sob a direção de Leon Panetta - que dentro de pouco deixará o cargo nas mãos do general David Petraeus para liderar o Departamento de Defesa - se ressarciu das duras críticas que recebeu a agência na última década, primeiro por não prevenir os ataques do 11-9 e, posteriormente, por ser incapaz de localizar ao escorregadio terrorista.

Nesta segunda-feira, em comunicado, Leon Panetta reconheceu que a operação foi "a culminação de muitos anos de trabalho intenso e incansável", nos quais se realizaram "operações clandestinas altamente complexas e inovadoras".

Osama bin Laden é morto no Paquistão

No final da noite de 1º de maio (madrugada do dia 2 no Brasil), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a morte do terrorista Osama bin Laden. "A justiça foi feita", afirmou Obama num discurso histórico representando o ápice da chamada "guerra ao terror", iniciada em 2001 pelo seu predecessor, George W. Bush. Osama foi encontrado e morto em uma mansão na cidade paquistanesa de Abbottabad, próxima à capital Islamabad, após meses de investigação secreta dos Estados Unidos .

A morte de Bin Laden - o filho de uma milionária família que acabou por se tornar o principal ícone do terrorismo contemporâneo -, foi recebida com enorme entusiasmo nos Estados Unidos e massivamente saudada pela comunidade internacional. Enquanto a secretária de Estado dos EUA afirmava que a batalha contra o terrorismo continua, o alerta disseminado em aeroportos horas depois da notícia simboliza a incerteza do impacto efetivo da morte de Bin Laden no presente e no futuro.